Infecções respiratórias e gastrointestinais são as principais causas de morbidade em crianças. Os principais fatores de risco para estas condições são os extremos de idade gestacional, baixo peso ao nascimento, condição socioeconômica desfavorável, etnia, número de irmãos, frequência à creche e tabagismo passivo. Infecções respiratórias recorrentes são condições muito frequentes na prática pediátrica em todos os níveis de atuação (primário, secundário e terciário), especialmente em lactentes e pré-escolares. Lactentes e crianças podem apresentar número variável de infecções, a depender da idade. A criança pode apresentar, em média, de 4 a 8 infecções respiratórias por ano. Este número pode ser ainda maior (10 a 12 infecções por ano) quando da presença de irmãos mais velhos no domicílio ou quando frequentam creches e pré-escolas. Aproximadamente 50% das crianças com infecções respiratórias recorrentes podem ser saudáveis (sem doenças de base); 30% têm algum tipo de alergia; 10% possuem patologias crônicas e os 10% restantes podem ter algum tipo de imunodeficiência.
Quando o sistema imunológico não é capaz de eliminar infecções de forma eficiente, há a incidência de Imunodeficiências Primárias. Com isso, as pessoas afetadas carecem de algumas das armas de defesa imunológica do organismo. Além disso, indivíduos com Imunodeficiência Primária costumam ter uma infecção após outra. E, muitas vezes, essas infecções podem não melhorar conforme o esperado, mesmo com o tratamento direcionado à infecção. Dessa forma, as Imunodeficiências Primárias podem ser dolorosas, assustadoras e frustrantes. Além disso, infecções recorrentes podem causar danos irreversíveis aos órgãos.
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